Oi, tudo bem?
As coisas por aqui andam um tanto estranhas, ando meio perdida em relação a
tudo.
A escola? Bem, costumava ir bem melhor. Os amigos? Ah, fiz poucos, quase nenhum
que valesse a pena. Sonhos? A vida esta jogando areia em cima deles, tenho medo
de sonhar e me frustrar mais tarde. Os amores? Que amores? O amor agora só esta
me deixando mais pra baixo, porque essa fase me deixa numa carência horrível. A
casa? Esta cheia de louças na pia pra lavar que a uma semana eu não crio
coragem pra sair da cama e ir lava-las...Falando em cama, ela esta sendo a
minha melhor amiga esses tempos de turbulência, ela que me aguenta o dia todo,
aguenta meu lamentos, meu choros, até meu risos sem motivos.
Sabe, tem dias que não consigo nem me olhar no espelho, já não me encanto com
que vejo refletido nele, tanto fisicamente (especialmente) quanto
espiritualmente.
Eu me sinto tão só, como diz a eterna Clarisse que a pior solidão é aquela que
quando estamos rodeados de pessoas mas nos sentimos sozinhos, é quase assim
comigo.
Estou morrendo de medo do futuro próximo, mais perdida que nerds em aula de
Educação Física.
As poucas pessoas que conheço tem algo melhor pra fazer do que ficar ouvindo eu
me lamentar da vida, ou as vezes elas até querem saber mas por ter certeza de
que elas não vão entender acabo disfarçando tudo isso com um sorriso e “Ta tudo
bem, é sono”
Estou sufocada, estou com peso enorme nas minhas costas e não sei como tira-lo
daqui. Eu queria sair, queria viajar, conhecer novos lugares...Me libertar de
tudo isso. Queria ir pra um lugar onde ninguém me conhecesse e ninguém me cobrasse
absolutamente nada, só ficassem ali comigo curtindo o momento.
A fé eu não perdi, mas santo Deus que que a vida reserva pra mim? Eu já quebrei
a cara tantas vezes nesse pouco tempo de vida, mas isso me fez amadurecer em
certas partes e me fez ficar mais frágil a outras. Eu espero, espero mesmo do
fundo do coração, da alma e o caramba que tudo se resolva, eu ch(oro) todos os
dias procurando alguma solução pra isso. Bem, é isso. Um beijo e até mais.
Obrigada por me “ouvir”.